terça-feira, 22 de novembro de 2011

Tradição e modernidade no centro de São Paulo

               O endereço não poderia ser mais poético: como já dizia a música de Caetano, "alguma coisa acontece no meu coração, que só quando cruza a Ipiranga e a Avenida São João". E é nesta esquina, bem no coração da cidade, que São Paulo acolhe o Bar Brahma. Desde a fundação, em 1948, o Bar Brahma foi testemunha de fatos importantes da nossa história. Desde as acaloradas discussões sobre a repressão política da década de 60 até as comemorações dos 450 anos da metrópole, em 2004. O Bar Brahma já é parte indissociável da trajetória de São Paulo.
     Engana-se, entretanto, quem acha que o Bar Brahma vive de história. A tradição de trazer sempre o melhor da música e da gastronomia paulistana à esquina mais famosa da cidade faz a imagem do Brahma se reinventar a cada temporada.
Nos shows, nomes como Cauby Peixoto e Demônios da Garoa se misturam aos artistas contemporâneos e de repertório variado, como Vanessa Jackson, Carolina Soares, entre tantos outros. No cardápio, os “petiscos de bar” contam com um preparo mais do que especial, atribuindo qualidade à gastronomia.
Da fundação aos dias de hoje
Fundado pelo alemão Henrique Hillebrecht em 1948, no mesmo prédio onde funcionou a Boate e Confeitaria Marabá, a casa logo se tornou o ponto de encontro de músicos, poetas, intelectuais, políticos e empresários.
         Circularam por aqui personalidades da política, como Jânio Quadros e Fernando Henrique Cardoso; e também da música, como Adhemar de Barros, Adoniran Barbosa, Orlando Silva, Ari Barroso e Vicente Celestino.
Entre as décadas de 50 e 60, a repressão política fez com que o Bar fosse palco de debates entre os estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, além de ponto de negócios para os fazendeiros do interior.
Fechado desde o início da década de 90 devido à decadência social do centro, o bar reabriu em 1997 com o nome de São João 677. O empreendimento durou um ano e seu fechamento, no final do ano de 1998, deixou os freqüentadores órfãos, encerrando cinco décadas de boemia misturada à história e à cultura de São Paulo.
      Dois anos depois, o inevitável: a saudade bateu e o ponto retornou à cena com honras e glórias. Arrematada pelo empresário Álvaro Aos e Luis Marcelo Lacerda, a casa passou por uma restauração completa sem perder toda a magia dos traços arquitetônicos originais.
A data de reabertura do novo Bar Brahma, 09 de janeiro de 2001, já pode ser considerada um marco para a revitalização do centro da cidade. Naquela noite especial, entre as paredes históricas, mais um capítulo da crônica da "terra da garoa" foi contado. E a boemia reverente, já em regresso, agradeceu solenemente.
Musica do Caetano já disse a força da grana que destrói coisa boa, esta avenida trata de um pratimonio histórico, onde tudo estar mudando tão de repente muitos pratimonio histórico que deveria ser preservado, estar sendo demolido para construir prédios, e a força da grana. LAURITA LISBOA NORBERTO

ECONOMIA E CAPITALISMO

Foto:new4media.net
               

       O cartaz do movimento “ocupa wall street”. A informação ganha uma função destacada na sociedade globalizada, para SANTOS (p.50) a circulação de informação está sendo gerida de forma manipulada e há uma violência da informação. A mídia é parte dos grandes conglomerados de negócios, ela é a criadora dos mitos e dos símbolos, que são à base da globalização. Efeito CNN. A globalização revela as diferenças escondidas e a mídia reforça com todo o seu poder esta impressão.  Tudo funciona de acordo com as regras do mercado. Os grandes conglomerados não satisfeitos em controlar os demais ramos da economia, dominam também a comunicação, a
circulação da informação. Reforçando a ideologia da globalização e de seus produtos.  Uma parte da propaganda
trabalha com a crise econômica e o capitalismo figura forte que amedronta a sociedade um desequilibro,que sobe e disse, induzindo ao consumismo. Um sexto do PIB americano é dedicado ao marketing para a manipulação e o controle de sua população. O capitalismo tem-se mostrado dentro de um processo contraditório, onde se vê uma significante diferença no desenvolvimento do mundo do norte e do mundo do sul. Globaritarismo é a palavra usada por Milton para referenciar a essa ditadura da globalização vigente no mundo. Ele cita tanto no documentário, como em seu livro “Por outra globalização: do pensamento único a consciência”, a presença de três mundos. O mundo tal como nos fazem crer: a globalização com fábula, o mundo tal como ele é: a globalização como perversidade e o mundo tal como pode ser: outra globalização
 LAURITA LISBOA NORBERTO

O DIREITO DE SONHAR

Tente adivinhar como será o mundo depois do ano 2000. Temos apenas uma única certeza: se estivermos vivos, teremos virado gente do século passado. Pior ainda, gente do milênio passado.
Sonhar não faz parte dos trinta direitos humanos que as Nações Unidas proclamaram no final de 1948. Mas, se não fosse por causa do direito de sonhar e pela água que dele jorra, a maior parte dos direitos morreria de sede.
Deliremos, pois, por um instante. O mundo, que hoje está de pernas para o ar, vai ter de novo os pés no chão.
Nas ruas e avenidas, carros vão ser atropelados por cachorros.
O ar será puro, sem o veneno dos canos de descarga, e vai existir apenas a contaminação que emana dos medos humanos e das humanas paixões.
O povo não será guiado pelos carros, nem programado pelo computador, nem comprado pelo supermercado, nem visto pela TV.
A TV vai deixar de ser o mais importante membro da família, para ser tratada como um ferro de passar ou uma máquina de lavar roupas.
Vamos trabalhar para viver, em vez de viver para trabalhar.
Em nenhum país do mundo os jovens vão ser presos por contestar o serviço militar. Serão encarcerados apenas os quiserem se alistar.
Os economistas não chamarão de nível de vida o nível de consumo, nem de qualidade de vida a quantidade de coisas.
Os cozinheiros não vão mais acreditar que as lagostas gostam de ser servidas vivas.
Os historiadores não vão mais acreditar que os países gostem de ser invadidos.
Os políticos não vão mais acreditar que os pobres gostem de encher a barriga de promessas.
O mundo não vai estar mais em guerra contra os pobres, mas contra a pobreza. E a indústria militar não vai ter outra saída senão declarar falência, para sempre.
Ninguém vai morrer de fome, porque não haverá ninguém morrendo de indigestão.
Os meninos de rua não vão ser tratados como se fosse lixo, porque não vão existir meninos de rua.
Os meninos ricos não vão ser tratados como se fosse dinheiro, porque não vão existir meninos ricos.
A educação não vai ser um privilégio de quem pode pagar por ela.
A polícia não vai ser a maldição de quem não pode comprá-la.
Justiça e liberdade, gêmeas siamesas condenadas a viver separado, vão estar de novo unidas, bem juntinhas, ombro a ombro.
Uma mulher - negra - vai ser presidente do Brasil, e outra - negra - vai ser presidente dos Estados Unidos. Uma mulher indígena vai governar a Guatemala e outra, o Peru.
Na Argentina, as loucas da Praça de Maio vão virar exemplo de sanidade mental, porque se negaram a esquecer, em tempos de amnésia obrigatória.
A Santa Madre Igreja vai corrigir alguns erros das Tábuas de Moisés. O sexto mandamento vai ordenar: "Festejarás o corpo". E o nono, que desconfia do desejo, vai declará-lo sacro.
A Igreja vai ditar ainda um décimo - primeiro mandamento, do qual o Senhor se esqueceu: "Amarás a natureza, da qual fazes parte".
Todos os penitentes vão virar celebrantes, e não vai haver noite que não seja vivida como se fosse à última, nem dia que não seja vivido como se fosse o primeiro.
Texto retirado do site:http://www.jefferson.blog.br/2008/01/o-direito-de-sonhar-de-eduardo-galeano.html

Este texto belíssimo texto citado pela professora: Marta, no curso de pedagogia, na faculdade Metodista, nos relata que o mundo para melhorar falta muito, pois desde sua criação o homem só vem pesando em benefícios próprios, onde defende sua própria pele, animais irracionais é isso que somos, estamos fazendo que a nossa própria espécie entre em extinção e somo nós os caçadores,  homens mesquinhos e arrogantes.
Através deste texto entendemos que a esperança e a transformação, para muitos pode parecer utopia, mas para nós que acreditamos na educação ecomo futuros educadores, estamos em busca de melhoras para que um dia, todos nós possamos   deitar nossas cabeças em nossos travesseiros e termos um sono digno e justo, é como dizia Paulo Freire: “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda".



Referencias de Paulo Freire retirada do site: http://espacompartilhado.blogspot.com/




Por :Laurita Lisboa Norberto

O PERFIL DOS ALUNOS DA EJA:




Foto:quintosemestrezs.blogspot.com

O EJA (Educação de jovens e adultos) foi criado por lei para pessoas que não tiveram oportunidade de estudar na idade adequada.
Quando uma pessoa retorna a escola depois de muitos anos, o trabalho é muito árduo, pois, estudar exige muito. Mas o que leva estas pessoas retornarem a escola, sabendo de todos os desafios que encontrão?
Quando falamos em jovem, logo vem em nossas mentes: “curtição”, pois é assim que eles se definem, mas como será que eles definem: Escola?
Muitos dos jovens que retornam para a escola vão apenas com um objetivo: Adquirir um diploma para se inserir no mercado de trabalho, para prender estes alunos e fazer com eles mudem estes conceitos, será necessário um grande auxiliador que tem por titulo: Professor, porém este precisará de metodologias eficazes, para a libertação destas mentes.
Os adultos que retornam a escola são pessoas que muitas vezes não tiveram a oportunidade de estudar, pois tiveram que trabalhar cedo para manter sua sobrevivência, geralmente estes alunos vão com uma grande sede de aprendizagem, porém ao se defrontarem com a realidade: Escolas sem preparo e Professores desqualificados, perdem o entusiasmo e volta á mesmice.
Para que este quadro seja revertido: Alunos em busca apenas de diplomas e alunos desmotivados, é necessário que haja comprometimento: Governo, escola, professores e alunos, pois a educação só pode ser construída em conjunto é como diz Paulo Freire: "Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo".
Por: Suelen Rosa
Referencias de Paulo Freire retirado do site: http://espacompartilhado.blogspot.com/

Desigualdades Raciais no Brasil

                 Carta em solidariedade a Escola Municipal de Educação Infantil Guia Lopes/SP
Vamos cuidar do futuro de nossas crianças, sim! Combatendo o racismo, hoje!
Lucimar Rosa Dias1
1 Professora da UFMS/ Consultora do CEERT.
2 Diretora Executiva do CEERT - Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades
3 SME-SP/CEERT/Fórum Paulista de Educação Infantil
Maria Aparecida da Silva Bento2
Waldete Tristão Farias Oliveira3
Em, 2011 foi instituída a campanha do UNICEF “Por uma infância sem racismo”, e também o ano internacional do afro descendente, definido pela ONU, marcos importantes para estimular ações em prol da igualdade racial na educação. Além disso, a educação brasileira em sua lei maior institui como obrigatório o trabalho, permanente, com a cultura afro-brasileira e africana. Parecem medidas simples e de baixo impacto para superar as desigualdades raciais tão agudamente vividas pela população negra brasileira e de modo especial pelas crianças negras e indígenas.
Segundo dados divulgados no 2º Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil: 2009-2010 em 2008, 84,5% das crianças negras de até 3 anos não freqüentavam creches enquanto 79,3% das crianças branca estão nesses espaços. Em relação às crianças negras de 6 anos, 7,5% estavam fora de qualquer tipo de instituição educacional enquanto 4,8% das crianças brancas estavam nesta situação e por fim somente 41,6% das crianças negras de 6 anos estavam no sistema de ensino seriado comparado a 49% das crianças brancas.
Diante desses dados as medidas assinaladas se coadunam com a cobrança dos movimentos sociais para a instituição de políticas que modifiquem o quadro de desigualdade racial que também atinge às crianças. No entanto, quando gestores e professores comprometidos com uma educação que favoreça o pleno desenvolvimento da criança incluem no seu fazer pedagógico ações que busquem romper com a dominação de raça, cumprindo a legislação educacional vigente e dando concretude as demandas da agenda internacional, acontecem fatos da magnitude do que ocorreu na escola de educação infantil Guia Lopes, na zona norte de São Paulo que relato a seguir.
Depois da festa junina afro-brasileira, da oficina de toques de tambores e de outras ações que trabalharam a diversidade racial. No sábado do dia 16/10/2011, o muro da escola amanheceu pichado com a seguinte frase: "vamos cuidar do futuro de nossas crianças brancas”. Escrita entre duas suásticas, como podemos ver na imagem abaixo.
Sabemos que o uso desse símbolo para fins de divulgação do nazismo é proibido, aliás, texto posto na lei que institui o crime de racismo. Mera coincidência?
Claro que não. Os que escreveram, falam de um lugar muito bem definido. Ameaçam e sabem por quê. São pessoas assustadas com a possibilidade de ver o desmantelamento de uma educação que privilegia um único saber, que desmerece a construção cultural da população negra. Sabem que o trabalho realizado pela instituição, em questão, tem repercussões mais profundas do que simplesmente mudar o currículo. Assustam-se ante a existência de crianças negras empoderadas, cientes de seu valor como sujeito histórico, da beleza de seus cabelos e cor de pele da relevância de suas vidas.
O recado foi certeiro e de mão dupla. Para a equipe pedagógica que vem realizando um trabalho notável e colaborou para o desenvolvimento de matéria didático-pedagógico como parte do projeto da Rede Educar para a Igualdade Racial na Educação Infantil (Ufscar/MEC/CEERT), incluindo várias referências do patrimônio cultural afro-brasileiro e africano nas atividades educacionais desenvolvidas, as suásticas. Ou seja, a violência própria do nazismo, a ameaça, a instituição do medo. Para as famílias uma invocação da solidariedade da raça, à defesa dos privilégios, um chamado à supremacia da brancura, à preservação de uma educação eurocentrada.
Porém, o desfecho talvez surpreenda os pichadores. A reação foi imediata: protesto em diferentes redes virtuais e repercussão na mídia em todo o Brasil demonstrando que há uma resistência articulada, e nem esta escola, nem qualquer outra estará sozinha na grande tarefa de cuidar do futuro das crianças, garantindo-lhes uma educação sem discriminação e promotora da igualdade racial.

Serão as crianças mobilizadas pela escola que darão a resposta mais emblemática a este episódio. No lugar das suásticas e da frase racista, desenhos infantis, pois como dizia o grande mestre Paulo Freire “ensinar exige a convicção de que mudar é possível”, nós estamos convictos que a educação infantil tem um papel fundamental na construção de mentalidades que serão incapazes de uma pichação desse tipo. Com esse desfecho a escola cumpre efetivamente sua parte nesse processo e esperamos que as autoridades também fizessem a sua, no sentido de coibir novas manifestações de mesmo teor e protegendo a escola, as famílias e a sociedade brasileira do racismo.
Foto: noticias.r7.com
Que país é este? Estamos em pleno o século XXI, o racismo ainda persiste cada dia constante, fiquei indignada quando vi esta imagem.

O racismo está dentro de muitas pessoas, mesmo que seja de uma forma camuflada, mas estas pessoas que carrega ele dentro de si, são pessoas arrogantes, que não conseguem compreender a beleza da vida, as diferenças, as raças, as crenças, somos diferentes nestes aspectos e em outros, porém todos nossos temos o mesmo direito, independente de sermos diferentes.
Cada dia mais comprovamos, através de atitudes de pessoas que jugam serem humanos, que o racismo se espalha por nossa nação e não é somente com os negros é com todos que os “donos do mundo”, acham  ser estranhos, eles querem eliminar estes e dominar a nação, se você tem este pensamento ai vai um recado: Somos diferentes, sim! Mas tenho direito ao mesmo ar que você respira, tenho direito ao chão que você pisa, afinal este país também é meu.




.LAURITA LISBOA NORBERTO

VERDADE CAMUFLADA



Foto: http:// http://www.blog.jangadeiroonline.com.br/


Sabemos que a realidade é sempre camuflada por muitos, pois a realidade sem maquiagem é cruel, difícil de engolir a seco.
Um dos lugares onde a verdade e a realidade deveria e deve ser transparente é a escola, pois é ela que irá instruir pessoas para vida.
Tudo que pode levar as camadas menos favorecidas á refletir e pensar, causa medo aos que estão no poder, pois um povo pensante e critico, pode revolucionar e mudar a historia, é como diz Paulo Freire: O sistema não têm medo do pobre que têm fome, mas têm medo do pobre que sabe pensar!

Os cordéis, que são folhetos literários que abordam poesias que retratam a realidade e que não esconde as verdades a serem ditas, são excluídos da sociedade, camuflados pelas escolas que não cumprem o seu papel.

As escolas precisam incluir a realidade juntamente com os cordéis em sala de aula, é preciso que os alunos conheçam e adquiram para si, coisas proveitosas que sejam capazes de libertar suas mentes, refletirem e buscar mudanças.
Uma sociedade justa e eficiente se constrói em conjunto, por isso faça sua parte, liberte se.
Por: Suelen Rosa

Referencias de Paulo Freire retirada do site: http://interagireducar.blogspot.com