domingo, 13 de novembro de 2011

Como fruto da luta anti-racista

Caminhos abertos pela Lei federal 10.639/03
        De acordo com as aulas de historia do Prof. Edson, nós entendemos  que o autor defende que a historia é uma ciência humana, pois ela  não é exata  e guarda em si, processos, fatos marcantes e alguns até muito tristes, por exemplo, o modo como os negros foram trazidos de sua Pátria para cá, jogados nos porões de grandes embarcações  sem alimentação tratados como animais longe de suas famílias por isso muitos ficavam doentes e viam a falecer e que os mesmos eram jogados no mar por onde passavam, mas como bem sabemos naqueles tempos e ainda hoje quem detêm  o poder,  são os que tem poder e poder econômico então naquele momento talvez não se pudesse fazer nada para acabar com estes sofrimentos. mas ainda naquele tempo já havia os quilombos onde todos os negros tanto sonhavam chegar era como uma utopia até, e também o grande Zumbi dos Palmares o chefe guerreiro e sua luta não foi em vão.  
        Os negros perceberam que tinham que criar técnicas sociais para melhorar a sua posição e/ou obter mobilidade de social vertical, visando superar a condição de excluídos ou miseráveis.
        A valorização da educação formal foi um a das várias técnicas sociais empregadas pelos negros para ascender de status. Houve uma propensão dos negros em valorizar a escola e a aprendizagem escolar como um bem supremo e uma espécie de “Abre-te sésamo” da sociedade moderna:
“A escola passou a ser definida socialmente pelos negros como um veículo de ascensão social, conforme pesquisa realizada pelo sociólogo Florestan Fernandes em 1951(1978): 09, (275-276). Mas antes mesmo desta data ao Jornal Quilombo dirigido pelo intelectual e militante negro Abdias do Nascimento já, indicava a necessidade de educação formal para os negros como uma condição necessária á superação da exclusão sócio-racial a que estavam submetidos, afirmava o Quilombo, em sua primeira edição, na coluna “Nosso Programa”, que era necessário lutar para que, enquanto não for gratuito o ensino em todos os graus, sejam admitidos estudantes negros, como pensionistas do Estado, em todo os estabelecimentos particulares e oficiais de ensino secundários e superior  do País, inclusive nos estabelecimentos militares. (QUILOMBO, 2003)”
Embora existam estudos que demonstrem a responsabilidade da escola na perpetuação das desigualdades sociais, como, por exemplo, Bourdieu (1998), não há dúvidas de que para os negros a busca da instrução (educação formal) como fator de integração sócio-econômico e competição com os brancos, logo após a abolição da escravatura, foi um passo correto; porém não suficiente para a sua ascensão social.
Os negros compreenderam que sem educação formal dificilmente poderiam ascender socialmente, ou seja, obter mobilidade vertical individualmente ou coletivamente numa sociedade em pleno processo de modernização.

 Postado por  Emilia Aparecida Mendes -

Um comentário:

  1. Segundo o geógrafo e livre pensador brasileiro Milton Santos, que esteve em vários países: o negro pode ter o que tiver, ou seja, nível universitário, pós-graduação, doutorado, mestrado que para os outros sempre os negros estarão num patamar inferior não por sua capacidade intelectual, mas pela raça
    Será que para que as opiniões sejam diferentes teremos que construir outro mundo. Começar tudo de novo sem que o negro tenha estado no tronco só então ele será respeitado. Obs. Pois eu já ouvi mais de uma vez alguém dizer olha o assaltante ou até mesmo o seqüestrador era negro e quando o investigador pede um detalhe do procurado a pessoa diz sabe estava escuro e não deu pra ver quase nada como afirmar a raça se não deu para ver nada compreende esta situação do negro ele ainda está na corrente mesmo que esta seja de um material transparente não deixa de ser corrente não é mesmo? Quando se diz não há mais racismo contra o negro querem dizer que ele está mascarado.
    A obrigatoriedade de ensinar sobre a Africa nas escolas, surtiu muitos efeitos. Pois quando os professores expõe tecidos e instrumentos africanos para crianças, os pais em reunião passam a questionar se tais exposições tem relações com a religião africana.

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