domingo, 20 de novembro de 2011

O TEATRO MÁGICO

       A Trupe O Teatro Mágico e o respeito as variações linguísticas existentes no nosso País...
A música foi criada em homenagem a Josilene Raimunda, "segunda mãe de Anitelli (Vocalista da Trupe)", uma senhora que trabalha há muito tempo na casa dos pais do artista. O tema da composição é a discriminação de pessoas que têm um modo de falar diferente da considerada norma padrão ou culta. Segundo a declaração do cantor dada como introdução à canção, a idéia surgiu a partir de um diálogo com Josilene, ou Jô como é carinhosamente chamada, no qual certos "neologismos" foram criados. Por exemplo, palavra "pigilógico", substituindo "psicólogo", e "leite dilatado" no lugar de "leite desnatado". O próprio nome da música" Zaluzejo" é uma das pronúncias para a palavra " Azulejo".
Além de demonstrar diversos exemplos de variações lingüísticas existentes na oralidade de muitos brasileiros, Anitelli se aventura por um campo ainda mais profundo ao citar certas crenças populares, adotadas tanto por "Jô", como por grande parte da população do país. Exemplos disso seriam as crenças "tomar banho depois que passar roupa, mata", "olhar no espelho depois que almoça entorta a boca" e "pra segurar namorado morrendo de amor/ Escreve o nome num pepino e guarda no 'refrigelador'".
Em um primeiro contato com a música, o ouvinte poderia considerar que o compositor "faz escárnio" das variações diferenciadas da norma padrão.
Está musica foi trabalhada em sala de aula pela professora: Lucia Helena, no curso de pedagogia, na faculdade Metodista, com intuito de demonstrar a ortografia e a oralidade, o que percebemos que a ortografia está incorreta nesta musica, porém o ouvinte consegue identificar as palavras através da oralidade do cantor, para muitos algumas pessoas que não são da sua cultura e tem o sotaque diferente que o seu, jugam que estas estão falando errado, porém temos que parar para pensar: eles pensam o mesmo, pois não são da mesma cultura que nós, mas é como diz um trecho da musica: "Quando alguém te disser: tá errado ou errada,Que não vai S na cebola, que não vai S em feliz, Que o X pode ter som de Z, e o CH pode ter som de X,
Acredito que errado é aquele que fala correto e não vive o que diz!"


LAURITA LISBOA


       

Nenhum comentário:

Postar um comentário