A Literatura de Cordel provém de Portugal a data do século xvII. Esse nome deve se ao cordel ou barbante em que os folhetos ficavam pendurados, em exposição. No nordeste brasileiro, mantiveram-se o costume e o nome, e os folhetos são expostos á venda pendurados e presos por pregadores de roupa, em barbantes esticados entre duas estacas, fixados em caixotes. A literatura de cordel tem como proposta discutir as origens desse gênero literário. O cordel, forma tradicionais de nossa literatura popular, é escrito para ser lida e cantada. Feito em verso, com vocabulário acessível e estrutura rítmica cativante , a historia corre como uma canção bonita. Sem nos darmos conta, a aventura já terminou. Essa forma de expressão popular apresenta uma riqueza cultural que pode ser explorada junto a nossos alunos, a partir da divulgação da produção cultural do povo e da região em a escola está inserida.
Gênero “literatura de cordel” expressa em seus versos traços marcantes da diversidade cultural presente na sociedade brasileira: cada região tende a proclamar seu modo de viver, seus costumes, suas crenças em produções característica de sua região. Aprender a ler e escrever num país como o Brasil significa lidar com os diferentes falares regionais, presentes numa dada sociedade, num dado momento histórico. Percebem- se muitos preconceitos decorrentes do valor social que é atribuído aos diferentes modos de falar, pois “é muito comum considerarem as variedades lingüísticas de menor prestígio como inferiores uo erradas”. A literatura de cordel propõe como objetivo conhecer, recriar e expressar artisticamente respeitando as mais variedades culturais.
Paulo Freire (1988) é necessário que o indivíduo leia seu próprio mundo para depois decifrar as palavras, pois as mensagens que lê só têm significado quando se relacionam com o mundo à sua volta.
Não se sabe exatamente
O cordel de onde veio
Alguns afirmam que os mouros
Lhe serviram de correio
Até a Península Ibérica
E de lá pra nosso meio
Pois lá na Península Ibérica
Cordão se chama cordel
Onde eram penduradas
As folhinhas de papel
Nascendo daí o nome
O cordel de onde veio
Alguns afirmam que os mouros
Lhe serviram de correio
Até a Península Ibérica
E de lá pra nosso meio
Pois lá na Península Ibérica
Cordão se chama cordel
Onde eram penduradas
As folhinhas de papel
Nascendo daí o nome
Desta cultura fiel
(Zé Maria de Fortaleza e Arievaldo Viana)
Referencias de Paulo Freire retirado do site: http://valdinere123.blogspot.com/2011/11/projeto-cordel-4-ano-projeto-cordel.html
Cordel retirado do site: http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2007/trabalhos/humanas/epg/EPG00164_01O.pdf
LAURITA LISBOA NORBERTO
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