sexta-feira, 11 de novembro de 2011

LITERATURA DE CORDEL


A Literatura de Cordel provém de Portugal a data do século xvII. Esse nome deve se ao cordel ou barbante em que os folhetos ficavam pendurados, em exposição. No nordeste brasileiro, mantiveram-se o costume e o nome, e os folhetos são expostos á venda pendurados e presos por pregadores de roupa, em barbantes esticados entre duas estacas, fixados em caixotes. A literatura de cordel tem como proposta discutir as origens desse gênero literário. O cordel, forma tradicionais de nossa literatura popular, é escrito para ser lida e cantada. Feito em verso, com vocabulário acessível  e estrutura rítmica cativante , a historia corre como uma canção bonita. Sem  nos darmos conta, a aventura já terminou. Essa forma de expressão popular apresenta uma riqueza cultural que pode ser explorada junto a nossos alunos, a partir da divulgação da produção cultural do povo e da região em a escola está inserida.



Gênero “literatura de cordel” expressa em seus versos traços marcantes da diversidade cultural presente na sociedade brasileira: cada região tende a proclamar seu modo de viver, seus costumes, suas crenças em produções característica de sua região. Aprender a ler e escrever num país como o Brasil significa lidar com os diferentes falares regionais, presentes numa dada sociedade, num dado momento histórico. Percebem- se muitos preconceitos decorrentes do valor social que é atribuído aos diferentes modos de falar, pois “é muito comum  considerarem as variedades lingüísticas de menor prestígio como inferiores uo erradas”. A literatura de cordel propõe como objetivo conhecer, recriar e expressar artisticamente respeitando as mais variedades culturais.

Paulo Freire (1988) é necessário que o indivíduo leia seu próprio mundo para depois decifrar as palavras, pois as mensagens que lê só  têm significado quando se relacionam com o mundo à sua volta.

Não se sabe exatamente
O cordel de onde veio
Alguns afirmam que os mouros
Lhe serviram de correio 
Até a Península Ibérica
E de lá pra nosso meio


Pois lá na Península Ibérica
Cordão se chama cordel
Onde eram penduradas
As folhinhas de papel
Nascendo daí o nome
           Desta cultura fiel  

   
(Zé Maria de Fortaleza e Arievaldo Viana)         


       

LAURITA LISBOA NORBERTO



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